Para senador petista, 'este não é o momento' de elevar carga tributária
Ribamar Oliveira, Brasília
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) criticou a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) - a nova CPMF - durante a reunião de ontem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com alguns ministros e economistas, realizada no Palácio do Planalto. Mercadante disse que "este não é o momento" para se elevar a carga tributária e os gastos com saúde, que são despesas correntes.
"A criação da CSS não vai ajudar o esforço do governo de controle da inflação, num cenário de forte pressão inflacionária que vem de fora", afirmou na reunião.
Segundo ele, o aumento da carga representará elevação dos custos de produção, que já estão pressionados. Os gastos adicionais com a saúde, acrescentou, aumentarão a demanda agregada da economia, o que criará maiores dificuldades no controle da inflação. "Não dá para fazer essas duas coisas agora", disse.
Depois de ouvir Mercadante, um ministro chegou a dizer que o "problema" tinha sido criado pelo próprio Senado, ao aprovar o projeto de lei complementar que obriga a União a gastar 10% de sua receita bruta com a área de saúde.
Neste momento, o senador petista criticou o governo por nunca ter definido uma posição clara sobre o assunto. Mercadante disse que alguns integrantes do governo foram ao Senado ajudar na aprovação do projeto de lei complementar. "Fiquei sozinho na crítica ao projeto", afirmou.
Para o senador, a decisão da Câmara foi "mais responsável" que a do Senado, pois os deputados "definiram uma fonte de receita para os novos gastos". Mesmo assim, ele disse que "este não é o momento" para se criar um mais um tributo e elevar os gastos.
O presidente Lula ouviu calado a discussão e disse apenas, segundo um dos presentes, que não terá nenhuma dificuldade em vetar a lei que eleva os gastos com a saúde se considerar que isso será melhor para o País.
Frases
Aloizio Mercadante
Senador (PT-SP)
"A criação da CSS não vai ajudar o esforço do governo de controle da inflação, num cenário de forte pressão inflacionária que vem de fora"
Ribamar Oliveira, Brasília
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) criticou a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) - a nova CPMF - durante a reunião de ontem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com alguns ministros e economistas, realizada no Palácio do Planalto. Mercadante disse que "este não é o momento" para se elevar a carga tributária e os gastos com saúde, que são despesas correntes.
"A criação da CSS não vai ajudar o esforço do governo de controle da inflação, num cenário de forte pressão inflacionária que vem de fora", afirmou na reunião.
Segundo ele, o aumento da carga representará elevação dos custos de produção, que já estão pressionados. Os gastos adicionais com a saúde, acrescentou, aumentarão a demanda agregada da economia, o que criará maiores dificuldades no controle da inflação. "Não dá para fazer essas duas coisas agora", disse.
Depois de ouvir Mercadante, um ministro chegou a dizer que o "problema" tinha sido criado pelo próprio Senado, ao aprovar o projeto de lei complementar que obriga a União a gastar 10% de sua receita bruta com a área de saúde.
Neste momento, o senador petista criticou o governo por nunca ter definido uma posição clara sobre o assunto. Mercadante disse que alguns integrantes do governo foram ao Senado ajudar na aprovação do projeto de lei complementar. "Fiquei sozinho na crítica ao projeto", afirmou.
Para o senador, a decisão da Câmara foi "mais responsável" que a do Senado, pois os deputados "definiram uma fonte de receita para os novos gastos". Mesmo assim, ele disse que "este não é o momento" para se criar um mais um tributo e elevar os gastos.
O presidente Lula ouviu calado a discussão e disse apenas, segundo um dos presentes, que não terá nenhuma dificuldade em vetar a lei que eleva os gastos com a saúde se considerar que isso será melhor para o País.
Frases
Aloizio Mercadante
Senador (PT-SP)
"A criação da CSS não vai ajudar o esforço do governo de controle da inflação, num cenário de forte pressão inflacionária que vem de fora"
"Fiquei sozinho na crítica ao projeto"
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