domingo, 25 de julho de 2010

Mais uma vergonha na Fórmula 1 !!



A Ferrari pensa que o resto do mundo é idiota. E talvez sejamos mesmo, de continuar acompanhando um campeonato do qual ela participa !

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cartão SUS, um fracasso tucano-petista


Elio Gaspari

José Serra e Dilma Rousseff compartilham o fracasso da implantação do Cartão SUS, um projeto anunciado em 1997, que já comeu R$ 400 milhões da Viúva e até agora deu em nada. Fez água até mesmo em municípios onde seria realizada uma experiência piloto. Nada melhor que uma campanha eleitoral para que digam como pretendem consertar o desastre.A ideia era boa: cada cidadão ganharia um plástico em cuja fita magnética estaria gravado seu histórico médico. Mataria a pau certas fraudes, facilitaria a cobrança do ressarcimento nos casos de clientes da rede de convênios privados e seguradoras. Desbastaria a floresta burocrática da saúde pública.
No final de 1997, quando o governo anunciou a novidade, o uso da internet na rede bancária ainda engatinhava. Passaram-se doze anos e 31% das transações dos brasileiros são feitas em computadores pessoais. A rede tornou-se a principal plataforma de acesso ao sistema financeiro, com 8,4 bilhões de transações por ano, 23 milhões por dia. (O SUS faz 1,3 bilhão de transações anuais.) Para a banca, funcionaram o interesse e a vitalidade da iniciativa privada. No Ministério da Saúde, prevaleceram o desinteresse, a cobiça dos intermediários de fornecedores e o horror que a burocracia da saúde (pública e privada) tem da transparência.
Dilma e Serra já fizeram duas palestras sobre saúde, esbanjaram platitudes e não tocaram no assunto. Assim como no caso do fracasso do ressarcimento do SUS pelas operadoras privadas, exercitaram o que a professora Lígia Bahia chama de "elipse discursiva". Se os candidatos não sabem o que fazer, podem pedir à Febraban que envie uma força-tarefa ao Ministério da Saúde para coordenar o projeto. Não se trata de explicar o que deu errado, nem de jogar a responsabilidade sobre a administração alheia. Bastam alguma honestidade no reconhecimento do fracasso e um compromisso com metas de custos e de prazos.
Quando Serra era ministro da Saúde, o PT acumulou denúncias contra as licitações do Cartão SUS e chegou pedir a criação de uma CPI. Os companheiros estão há sete anos no governo e não fizeram nada, nem CPI. O ministro José Gomes "ordenou em 2008 a reformulação" do projeto.
Até hoje, nada. Novas licitações, novos estudos e novas brigas resultaram no seguinte: milhares de terminais continuam empacotados, com sistemas operacionais e aparelhos caducos. Tanto no mandarinato tucano como no petista, o Cartão SUS só funcionou para empulhações publicitárias. Se blá-blá-blá tucano resolvesse, em 1998 o sistema estaria implantado. Pela parolagem petista, desde 2001 haveria pelo menos 44 cidades servidas pelo cartão, beneficiando 13 milhões de pessoas.
O fracasso é explicado por diversos fatores: megalomania, guerras burocráticas, inépcia, ignorância, mais as velhas e boas redes de compadrio. Sempre que o governo precisa da internet para tomar dinheiro da choldra, sua capacidade é escandinava. Quando se trata de recorrer à informática para melhorar o serviço público, empilham-se desastres, espertezas e propaganda enganosa. Se Dilma e Serra fizerem só aquilo que seus governos prometeram e não entregaram, Fernando Henrique Cardoso e Lula lhes agradecerão. Fonte: O GLOBO / OPINIÃO (07/07/2010)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Justição libera cobrança por fora no SUS.

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) altera a forma de atendimento prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em um município gaúcho – e novas ações em curso podem ampliar a medida para todo o Estado.
Válida inicialmente para Giruá, na região Noroeste, a medida permite que um paciente opte por condições especiais de internação, como quarto exclusivo e médico de sua escolha, desde que pague a diferença em relação ao que o sistema público oferece.
Esse recurso – chamado de “diferença de classe” e extinto no país desde o começo da década de 90 – permite ao paciente pagar a um hospital a diferença entre o que o SUS oferece para um atendimento padrão e o necessário para ocupar um quarto mais privativo e confortável, por exemplo.
Também possibilita que receba medicamentos e realize exames custeados pelo serviço público, mas pague para ser atendido por um médico de escolha.
Recentemente, o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) entrou com várias ações para retomar a flexibilização do atendimento prestado pelo SUS, que chegaram ao STF. Ontem, com base na primeira decisão definitiva do Supremo envolvendo essa leva de processos, a Justiça Federal gaúcha determinou ao município de Giruá que “permita o acesso do paciente à internação pelo SUS e o pagamento da chamada diferença de classe, para obter melhores acomodações, pagando a quantia respectiva, quer ao hospital, quer ao médico”.Essa é a primeira ação a ser transitada em julgado do conjunto de processos iniciados pelo Cremers. Além de Giruá, Porto Alegre e outras 10 cidades gaúchas onde a saúde foi municipalizada estão com medidas semelhantes em tramitação, além de uma outra ação estendendo a mesma alteração para todos os municípios gaúchos onde a gestão da saúde está sob responsabilidade do governo estadual.
A decisão do STF deverá ser a mesma em relação às outras ações, porque o tribunal já firmou entendimento sobre esse assunto em casos semelhantes, só que movidos individualmente por cidadãos. A nossa foi a primeira ação civil pública a ter resultado favorável de que temos notícia – afirmou o consultor jurídico do Cremers, Jorge Perrone.
A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, disse que procuraria ler os detalhes da determinação e somente deverá se pronunciar hoje.
O que muda nos hospitais:
A determinação da Justiça não deverá alterar o funcionamento nos hospitais públicos. Como geralmente essas instituições não contam com áreas diferenciadas para internação, sequer haveria possibilidade de fazer uma melhoria nas condições de hotelaria. Da mesma forma, médicos contratados por instituições públicas não poderão cobrar à parte para atender um paciente.O principal impacto da medida seria sentido em instituições privadas credenciadas pelo SUS, como hospitais filantrópicos, que mantêm tanto quartos que seguem o padrão do SUS, com três ou mais pessoas, quanto instalações mais exclusivas e sofisticadas. Quanto ao atendimento médico, a decisão judicial permite que profissional receba pelo SUS e, ao mesmo tempo, cobre uma diferença do paciente que optar por ser atendido pelo regime de atendimento diferenciado. A negociação seria realizada diretamente entre médico e paciente.

NÓS NÃO TEMOS BOLA DE CRISTAL, MAS VAMOS TENTAR ADIVINHAR O QUE VAI ACONTECER: VÃO ESCASSEAR E SE SUCATEAR MAIS AINDA OS SERVIÇOS GRATUITOS E VÃO SE MULTIPLICAR OS DO "SUS PLUS".

Postado por FEESSERS - Federação dos Empregados em Estabelicimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul às 10:38