
Nos últimos dias tive acesso a publicação intitulada “Os crimes das grandes companhias farmacêuticas” de autoria de Teresa Forcades i Vila. Esse livro está acessível no site www.alames.org da Associação Latino-americana de Medicina Social (Alames). O livro denuncia como e de que forma a indústria farmacêutica, visando apenas o lucro, segue políticas contrárias ao direito à saúde e, por isso, comete crimes. Durante a leitura fica claro que algumas indústrias farmacêuticas trabalham de uma maneira muitas vezes contrária a população, onde a saúde do paciente é o que menos interessa, e alguns profissionais de saúde acabam sendo omissos ou coniventes com esse fato.
A autora inicia o livro relatando como a indústria farmacêutica após o estrondoso êxito do medicamento conhecido como Viagra, direcionado para a população masculina, tentou garantir o mesmo sucesso junto a população feminina através do fomento de encontros aparentemente “científicos” com especialistas, encontros estes iniciados em 1997 e patrocinados por esta mesma indústria, no intuito de encontrar a definição do que chamavam de “disfunção sexual feminina”, e imediatamente produzir um medicamento direcionado para tal problema. Em 2004 este medicamento só não foi mundialmente comercializado porque a agência reguladora dos Estados Unidos impediu com a justificativa de que o mesmo era de benefício duvidoso e trazia como efeitos secundários riscos de câncer e doenças cardíacas.
Mostra também o extraordinário incremento do poder político e econômico das grandes companhias farmacêuticas dos Estados Unidos, poder este iniciado naquele país na era do Governo Reagan (1984), se consolidando com a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1994, entidade esta que foi criada para assegurar que a globalização não atentasse contra os interesses do grande capital.
Num dos trechos do livro é descrito como as grandes companhias farmacêuticas utilizam hoje sua riqueza e poder para defender seus próprios interesses as custas do bem-estar, da saúde e da vida de muitas pessoas. Portanto o governo brasileiro através da sua agência reguladora ( ANVISA ) deve ficar atentos para que sempre os novos medicamentos desenvolvidos devam obrigatoriamente trazer benefícios terapêuticos a população.
Minha preocupação é a de que vivo num país onde o consumo de medicamentos (muitos por automedicação) é simplesmente um absurdo. Lembro aqui alguns dados do governo federal que mostram que 50% das prescrições médicas são indevidas e 75% das prescrições de antibióticos seriam dispensáveis. Por outro lado, o volume de medicamentos consumidos não representa um proporcional incremento no nível de saúde. Apesar de que 40% da população brasileira ainda não tem acesso a medicamentos, segundo dados do IBGE. O país ocupa o primeiro lugar no ranking de intoxicação por uso abusivo de analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios. O Brasil também ocupa a 11ª posição mundial no ranking de vendas de medicamentos. Os gastos com saúde representam o quarto lugar entre as despesas familiares, depois de habitação, alimentação e transporte. A Organização Mundial de Saúde (OMS), alerta para o consumo exagerado e de maneira incorreta de medicamentos. Portanto a leitura desse livro é recomendável e essencial para todos, leigos e profissionais de saúde. Boa leitura.
A autora inicia o livro relatando como a indústria farmacêutica após o estrondoso êxito do medicamento conhecido como Viagra, direcionado para a população masculina, tentou garantir o mesmo sucesso junto a população feminina através do fomento de encontros aparentemente “científicos” com especialistas, encontros estes iniciados em 1997 e patrocinados por esta mesma indústria, no intuito de encontrar a definição do que chamavam de “disfunção sexual feminina”, e imediatamente produzir um medicamento direcionado para tal problema. Em 2004 este medicamento só não foi mundialmente comercializado porque a agência reguladora dos Estados Unidos impediu com a justificativa de que o mesmo era de benefício duvidoso e trazia como efeitos secundários riscos de câncer e doenças cardíacas.
Mostra também o extraordinário incremento do poder político e econômico das grandes companhias farmacêuticas dos Estados Unidos, poder este iniciado naquele país na era do Governo Reagan (1984), se consolidando com a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1994, entidade esta que foi criada para assegurar que a globalização não atentasse contra os interesses do grande capital.
Num dos trechos do livro é descrito como as grandes companhias farmacêuticas utilizam hoje sua riqueza e poder para defender seus próprios interesses as custas do bem-estar, da saúde e da vida de muitas pessoas. Portanto o governo brasileiro através da sua agência reguladora ( ANVISA ) deve ficar atentos para que sempre os novos medicamentos desenvolvidos devam obrigatoriamente trazer benefícios terapêuticos a população.
Minha preocupação é a de que vivo num país onde o consumo de medicamentos (muitos por automedicação) é simplesmente um absurdo. Lembro aqui alguns dados do governo federal que mostram que 50% das prescrições médicas são indevidas e 75% das prescrições de antibióticos seriam dispensáveis. Por outro lado, o volume de medicamentos consumidos não representa um proporcional incremento no nível de saúde. Apesar de que 40% da população brasileira ainda não tem acesso a medicamentos, segundo dados do IBGE. O país ocupa o primeiro lugar no ranking de intoxicação por uso abusivo de analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios. O Brasil também ocupa a 11ª posição mundial no ranking de vendas de medicamentos. Os gastos com saúde representam o quarto lugar entre as despesas familiares, depois de habitação, alimentação e transporte. A Organização Mundial de Saúde (OMS), alerta para o consumo exagerado e de maneira incorreta de medicamentos. Portanto a leitura desse livro é recomendável e essencial para todos, leigos e profissionais de saúde. Boa leitura.
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