sábado, 21 de fevereiro de 2009

A crise....

A crise provocada pelo mais rico dos países do mundo arrombou a porta dos pobres. Aos pobres era mostrado o capitalismo como o melhor dos mundos e objeto do desejo. Um capitalismo perfeito, sem regras dos governos e livremente regulado apenas pelo deus mercado, que sempre favorece a quem mais tem e tende a empobrecer a quem menos tem. Impingiram aos pobres um capitalismo sem peias, como a saída mágica para todos os males. O contrário era retrógrado, atrasado, anacrônico.
Agora, em plena crise vieram os capitalistas, que sempre privatizaram o lucro, socializar o prejuízo. Chegou a hora de invocar os poucos remanescentes princípios sociais para, sob pressão, virem em socorro do capital. Chegou a hora de não acharem assistencialismo toda e qualquer ajuda. Exigem tudo que condenavam por ferir o deus-mercado: ajuda para cobrir dívidas, empréstimos subsidiados, renúncia fiscal com diminuição ou eliminação de tributos (IPTU entre outros), auxilio desemprego, bolsa família etc. etc..
AGORA É A VEZ DE SE IMPLORAR PELA PRESENÇA DE UM ESTADO, TANTAS VEZES ACUSADO DE CLIENTELISTA E ASSISTENCIALISTA.
Bolsa família e todos os seus precedentes sociais de FHC a LULA, serão sempre bem-vindos quando beneficiarem a nós próprios, a familiares e amigos em estado de necessidade, por falta de trabalho-emprego-renda! Para os outros, distantes, os em estado de miséria-penúria crônicos e permanentes, será sempre um ato de assistencialismo barato! É assim o carrossel da vida onde, desde muito, “pimenta não arde, quando no olho alheio!”
CONTINUO DEFENSOR DO ESTADO SOCIAL QUE PROTEJA OS MENOS FAVORECIDOS, TRANSITORIA OU PERMANENTEMENTE, E QUE REGULE, SOB MARCAÇÃO CERRADA, UM CAPITAL IRRESPONSÁVEL E EGOCÊNTRICO QUE, HISTORICAMENTE, TEM PRIVATIZADO, SOB HOLOFOTES, O LUCRO E SOCIALIZADO, NA PENUMBRA, OS PREJUÍZOS.

DEMISSÕES, DESEMPREGO E SAÚDE

Prepare-se o SUS – SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE, para dar conta de atender bem um número maior de pessoas. Estas pessoas, recentemente desempregadas, sempre tiveram e continuam tendo direito pleno, como cidadãs, à atenção integral à saúde, garantida pelo público. Entretanto, muitas delas tinham concomitantemente planos privados de saúde, financiados diretamente por elas ou indiretamente, pelas empresas em que trabalhavam.
Agora todos integralmente dependentes do SUS, sem concomitância de nenhum plano de saúde.
A luta para que o SUS tenha mais recursos financeiros não pode esmorecer. Continua paralisado no Congresso Nacional desde junho do ano passado o Projeto de Lei complementar que regulamenta o financiamento da Saúde. De que depende? Depende de Governo e Oposição, passarem por cima de suas diferenças menores e ambos defenderem o bem comum aprovando uma nova lei de regulamentação do SUS. Nesta lei, por aprovar, existem questões importantes definindo o que são ações de saúde e a transparência e visibilidade dos governos, além de se destinarem mais recursos para a saúde. Não tenho ilusão de que apenas mais recursos resolvam os problemas da saúde. Continuo defendendo que o financiamento da saúde no Brasil depende da Lei dos 5 MAIS: MAIS BRASIL, MAIS SAÚDE-SUS, MAIS EFICIÊNCIA, MAIS HONESTIDADE, MAIS RECURSOS.

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