quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Gripe Suína - Casos diminuem, mortes são 557

Entre 25 de abril e 22 de agosto foram notificados 30.854 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, ou simplesmente casos graves, dos quais 6.100 tiveram confirmação laboratorial para influenza, sendo 5.206 (85,3%) positivos para o vírus A(H1N1). Houve 557 óbitos por influenza A(H1N1), confirmados em laboratório, informou nota distribuída em 26/8.
Mantém-se a redução no número absoluto de casos na Semana Epidemiológica (SE) 33, de 16 a 22 de agosto. Essa tendência já havia sido observada na SE 32, de 9 a 15 de agosto. Segundo o ministério, ainda não é possível concluir que a tendência seja definitiva, pois há casos em investigação laboratorial ou ainda não-informados. O secretário de Saúde do Estado do Rio, Sérgio Côrtes, disse que “é preciso constatar queda nas notificações por quatro semanas seguidas antes de atestar que a pandemia caminha para o fim” (O Dia, 27/8).
Segundo o jornal, há acúmulo de 20.775 casos aguardando teste, devido ao grande número de pedidos e à falta de insumos (O Dia, 26/8). Dos casos testados até a SE 33, 1.980 eram de mulheres entre 15 e 49 anos, das quais 480 estavam grávidas. Destas, 58 morreram.
Diante das manchetes sobre “novas mortes” na imprensa, o Ministério da Saúde preocupou-se em esclarecer que os óbitos não ocorreram na SE 33: apenas a confirmação laboratorial se deu entre 16 e 22 de agosto. A mídia também insiste em afirmar que o Brasil encabeça o “ranking da morte” por A(H1N1) – o próprio Dia de 27/8 anunciava na manchete da página 28: “Brasil já lidera número de mortos por gripe suína” –, embora a taxa de mortalidade seja calculada com base no número de habitantes. O Brasil, com 191,6 milhões, tem a 7ª taxa — a Argentina, com população quase cinco vezes menor (40,2 milhões), registra 439 mortes. Nos Estados Unidos, com 314,6 milhões de habitantes e o pico da gripe no verão, morreram 522.
Taxas de mortalidade (por 100 mil/hab.)
Fonte:
Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (atualização em 26/8)
Lembra a nota do ministério que os países com as maiores taxas de mortalidade estão no Hemisfério Sul (exceto Costa Rica), havendo maior impacto da pandemia por conta do inverno. Segundo a OMS, o Hemisfério Norte, que está no verão, deve se preparar para uma possível nova onda do A(H1N1) quando começar o inverno: vários governos planejam campanhas de vacinação a partir de outubro.
O governo enviou (26/6) ao Congresso medida provisória para liberação de crédito suplementar de R$ 2,1 bilhões para enfrentamento da gripe.

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