Laqueaduras tubárias deram salto de 61% em 10 anos. Em 2008, 61.535 mulheres optaram pela esterilização
A propósito do Dia Internacional da Mulher, festejado neste domingo, o ministério da Saúde colecionou uma série de dados.
Acomodou-os num quadro entitulado “Avanços e Desafios na Saúde da Mulher antes e depois do PAISM”.
PAISM é a sigla de “Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher”. Foi implantado em 1984. Faz 25 anos em 2009.
O levantamento estima em 97,4 milhões o contingente de mulheres com idade acima de 15 anos.
O número corresponde a 50,88% do total da população do país.
Em 1980, diz o ministério, as mulheres nessa faixa etária representavam 31,85% do total de brasileiros.
Chama a atenção no conjunto de dados colecionados pela equipe do ministro José Gomes Temporão (Saúde) a alta incidência de laqueaduras tubárias.
O quadro anota que, de 1998 a 2008, houve um “crescimento de 61%” no total de mulheres que solicitaram laqueaduras no Sistema Único de Saúde.
A laqueadura, dependendo da técnica utilizada pelo médico que a realiza, pode levar à esterilização irreversível da mulher.
O levatamento anota que, no ano de 2000, “foram realizadas 9.100 laqueaduras”.
Oito anos depois, em 2008, o número foi 6,7 vezes maior: 61.535 procedimentos. A informação foi extraída do Datasus.
Estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde em 2005 informara que o Brasil tem um dos maiores índices de laqueaduras do mundo, junto com Índia e China.
Segundo esse estudo da OMS, 40% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva -de dez a 49 anos- estavam esterilizadas quatro anos atrás.
A Lei do Planejamento Familiar, editada em 1996, permite que recorram à laqueadura mulheres com no mínimo dois filhos vivos ou que tenham mais de 25 anos.
O quadro obtido pelo blog no ministério da Saúde traz também estatísticas sobre outros métodos contraceptivos usados pelas brasileiras.
Informa que, em 2006, 67,8% das mulheres em idade reprodutiva recorriam a algum tipo de anticonceptivo. Em 1986, esse percentual era de 43,5%.
Tomando-se esse universo de mulheres que evitam a gravidez (67,8%), a pílula (22,1%) era, em 2006, o método mais utilizado.
Vinham a seguir a esterilização feminina (21,8%), a camisinha masculina (12,9%), a esterilização masculina (3,3%) e o DIU (1,5%).
Servindo-se de dados do IBGE, o ministério constata que vem subindo a expectativa de vida da mulher brasileira. Era de 65,7 anos em 1980. Passou a 75,8 anos em 2005.
Cresce a preocupação das mulheres com a prevenção de saúde. Em 1986, nada menos que 26% das brasileiras grávidas não realizavam nenhuma consulta pré-natal.
Esse percentual caiu para 1,3% em 2006, segundo a última informação disponível no banco de dados do ministério da Saúde.
As mulheres que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal em 2006 somavam 61%. Dez anos atrás esse contingente era de 47,5%.
Praticamente todos os partos (98%) são realizados em hospitais. Em 1986, o percentual de partos feitos em leitos hospitalares era de 83,4%.
Curiosamente, houve um aumento da taxa de mortalidade materna entre 1996 e 2006 –era de 51,61 por 100 mil nascidos vivos. Passou para 74,68 por 100 mil nascidos vivos.
Segundo o ministério, o indicador estabilizou-se a partir do ano 2000.
Algo que “pode estar associado a uma melhoria na qualidade da atenção obstétrica e do sistema de informações, assim como do planejamento familiar”.
O ministério constata uma mudança no padrão da causa da morte de mulheres no Brasil.
Em 1930, 50% das mortes femininas eram provocadas por doenças infecciosas e parasitárias. Esse percentual caiu para negligenciáveis 5% em 2003.
As mortes de mulh
eres provocadas por atos de violência eram de 3% em 1930. Saltaram para 13% em 2003.
As neoplasias (tumores benignos ou malignos) respondiam 3% das mortes na década de 30, contra 16% em 2003.
As doenças do aparelho circulatório, invocadas como justificativa para 12% das mortes de mulheres em 1930, constam de 28% dos atestados de óbito escritos em 2003.
A propósito do Dia Internacional da Mulher, festejado neste domingo, o ministério da Saúde colecionou uma série de dados.
Acomodou-os num quadro entitulado “Avanços e Desafios na Saúde da Mulher antes e depois do PAISM”.
PAISM é a sigla de “Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher”. Foi implantado em 1984. Faz 25 anos em 2009.
O levantamento estima em 97,4 milhões o contingente de mulheres com idade acima de 15 anos.
O número corresponde a 50,88% do total da população do país.
Em 1980, diz o ministério, as mulheres nessa faixa etária representavam 31,85% do total de brasileiros.
Chama a atenção no conjunto de dados colecionados pela equipe do ministro José Gomes Temporão (Saúde) a alta incidência de laqueaduras tubárias.
O quadro anota que, de 1998 a 2008, houve um “crescimento de 61%” no total de mulheres que solicitaram laqueaduras no Sistema Único de Saúde.
A laqueadura, dependendo da técnica utilizada pelo médico que a realiza, pode levar à esterilização irreversível da mulher.
O levatamento anota que, no ano de 2000, “foram realizadas 9.100 laqueaduras”.
Oito anos depois, em 2008, o número foi 6,7 vezes maior: 61.535 procedimentos. A informação foi extraída do Datasus.
Estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde em 2005 informara que o Brasil tem um dos maiores índices de laqueaduras do mundo, junto com Índia e China.
Segundo esse estudo da OMS, 40% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva -de dez a 49 anos- estavam esterilizadas quatro anos atrás.
A Lei do Planejamento Familiar, editada em 1996, permite que recorram à laqueadura mulheres com no mínimo dois filhos vivos ou que tenham mais de 25 anos.
O quadro obtido pelo blog no ministério da Saúde traz também estatísticas sobre outros métodos contraceptivos usados pelas brasileiras.
Informa que, em 2006, 67,8% das mulheres em idade reprodutiva recorriam a algum tipo de anticonceptivo. Em 1986, esse percentual era de 43,5%.
Tomando-se esse universo de mulheres que evitam a gravidez (67,8%), a pílula (22,1%) era, em 2006, o método mais utilizado.
Vinham a seguir a esterilização feminina (21,8%), a camisinha masculina (12,9%), a esterilização masculina (3,3%) e o DIU (1,5%).
Servindo-se de dados do IBGE, o ministério constata que vem subindo a expectativa de vida da mulher brasileira. Era de 65,7 anos em 1980. Passou a 75,8 anos em 2005.
Cresce a preocupação das mulheres com a prevenção de saúde. Em 1986, nada menos que 26% das brasileiras grávidas não realizavam nenhuma consulta pré-natal.
Esse percentual caiu para 1,3% em 2006, segundo a última informação disponível no banco de dados do ministério da Saúde.
As mulheres que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal em 2006 somavam 61%. Dez anos atrás esse contingente era de 47,5%.
Praticamente todos os partos (98%) são realizados em hospitais. Em 1986, o percentual de partos feitos em leitos hospitalares era de 83,4%.
Curiosamente, houve um aumento da taxa de mortalidade materna entre 1996 e 2006 –era de 51,61 por 100 mil nascidos vivos. Passou para 74,68 por 100 mil nascidos vivos.
Segundo o ministério, o indicador estabilizou-se a partir do ano 2000.
Algo que “pode estar associado a uma melhoria na qualidade da atenção obstétrica e do sistema de informações, assim como do planejamento familiar”.
O ministério constata uma mudança no padrão da causa da morte de mulheres no Brasil.
Em 1930, 50% das mortes femininas eram provocadas por doenças infecciosas e parasitárias. Esse percentual caiu para negligenciáveis 5% em 2003.
As mortes de mulh

As neoplasias (tumores benignos ou malignos) respondiam 3% das mortes na década de 30, contra 16% em 2003.
As doenças do aparelho circulatório, invocadas como justificativa para 12% das mortes de mulheres em 1930, constam de 28% dos atestados de óbito escritos em 2003.
Escrito por Josias de Souza às 05h36
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