
Um terço das brasileiras têm a primeira relação sexual até os 15 anos de idade. De 1996 a 2006, esse índice triplicou, de acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde divulgada ontem (03) pelo Ministério da Saúde. As conseqüências desse início precoce da vida sexual se refletem nos números de gravidez. O índice de meninas de 15 anos com filho subiu de 3% para 5,8% entre 1996 e 2006. A idade mediana da mulher na época do nascimento do primeiro filho caiu de 22,4 anos para 21. O levantamento mostrou que a idade para o nascimento do primeiro filho varia de acordo com o grau de instrução da mulher. Aquelas com até três anos de estudo têm o primeiro filho, em média, aos 19. Para as que estudaram 12 anos ou mais, a média sobe para 26 anos. Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, há muito o que comemorar, apesar de alguns índices preocupantes. Um deles é o aumento do número de cesáreas – de 36,4% em 1996 para 44% em 2006. Por outro lado, um dado positivo está no crescimento do número de mulheres que fazem pré-natal ao menos seis vezes – 77% das gestantes –, média considerada satisfatória pelo ministério. Acesso a contraceptivos – De acordo com a pesquisa, a distribuição gratuita de métodos contraceptivos aumentou nos últimos dez anos. O percentual de mulheres que recorreram ao SUS para adquirir pílulas subiu de 7, 8% para 21, 3%. O estudo mostra ainda que 66% das jovens entre 15 e 19 anos sexualmente ativas já haviam usado algum método contraceptivo. O preservativo (33%), a pílula (27%) e os injetáveis (5%) foram os mais utilizados.
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