segunda-feira, 22 de dezembro de 2008



Na semana passada foram publicadas as novas regras para propaganda de medicamentos. Espero que essa nova legislação evite que a escolha de médicos e pacientes seja influenciada por informações inadequadas e incompletas. As estatísticas mostram que a cada 42 minutos há uma pessoa intoxicada pelo consumo de medicamento no Brasil. O estímulo ao consumo e a falta de informação adequada colocam em risco a saúde da população.
Toda a intoxicação pelo uso inadequado de qualquer medicamento deve ser combatida. Nenhum paciente no Brasil seja vítima do uso incorreto do medicamento por qualquer tipo de indução. Se tiver um caso já é grave.
Outra boa novidade é que as propagandas de medicamentos isentos de prescrição não poderão mais exibir a imagem ou voz de "celebridades" recomendando o medicamento ou sugerindo que fazem uso dele. Chega desses heróis influenciarem em assuntos que nada tem a ver com sua qualificação. Eles poderão aparecer em propagandas e publicidades, mas sem fazer esse tipo de orientação.
As propagandas e publicidades devem trazer os termos técnicos escritos de forma a facilitar a compreensão do público. A resolução também proíbe usar de forma indireta (não declaradamente publicitária) espaços em filmes, espetáculos teatrais e novelas e lançar mão de imperativos como "tome", "use", "experimente". Nas propagandas veiculadas pela televisão, o próprio ator que protagonizar o comercial terá que verbalizar estas advertências.
Para os eventos científicos e campanhas, a resolução reforça, expressamente, que o apoio ou patrocínio a profissionais de saúde não pode estar condicionado à prescrição ou dispensação de qualquer tipo de medicamento. Chamo essa prática de empurroterapia. Já no tocante à responsabilidade social das empresas, proíbe a publicidade e a menção a nomes de medicamentos durante as campanhas sociais e vice-versa.

Agora depende de cada um de nós acompanharmos se essas novas regras vão ser colocadas em práticas.

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