Todos os dias ao tomar conhecimento através da imprensa de crimes de diversos naipes e suas consequências práticas, fico com a forte impressão que o ditado popular que diz que o “crime não compensa “, está sendo colocado em xeque diariamente, e o pior, não é de hoje, porém ainda insisto em acreditar em outro ditado que fala: “ a justiça tarda mais não falha “, por isso fico sempre no desejo de que um dia a justiça seja feita e não se submeta aos caprichos de alguns protegidos.
Uma das grandes preocupações da nossa sociedade como um todo é com a tal impunidade, pois ela é traumática e enfraquece nossas esperanças, colocando em questão a estrutura ética de toda uma sociedade. Vemos exemplos mil em que a impunidade grassa, desde aquele político corrupto que entra eleição e sai eleição e o mesmo continua no poder de uma forma ou de outra, parece que tem sete vidas, e seus eleitores certamente tem memória curta. Os mesmos sempre acabam inocentados mesmo que no processo existam provas cabais e de conhecimento público e irrefutáveis. Outros são os nossos falsos heróis que enriquecem facilmente, deixando, nós seres humanos normais, boquiabertos, pois parece que trabalhamos tanto que não temos tempo de ganhar dinheiro. Outra é a tal Lei do Gerson, do policial que dá jeitinho em tudo que lhe interessa, do fiscal oportunista, dos impostos sonegados, esses são apenas alguns maus exemplos que assistimos todos os dias, e ficam em sua grande maioria sem solução.
Quando converso informalmente com alguns amigos, fico com a forte impressão que o risco de ceticismo nas instituições e na justiça brasileira, em especial, é dramático e concreto, pois não vemos resultados palpáveis e duradouros. Por isso é que aos olhos da população precisamos garantir o fortalecimento das nossas instituições, superando as qualidades ou defeitos de um povo esperto, mas pouco sábio. Infelizmente somos obrigados a reconhecer que enquanto o crime esta diariamente nas manchetes dos principais jornais do Brasil, ou nas telinhas das TVs, a justiça caminha a passos largos e ágeis, todos acabam ficando envolvidos e a população exige solução imediata, porém é só a TV ou os jornais esquecerem aquele fato....... e o tema cai imediatamente no esquecimento geral, não ficamos sabendo mais o resultado do caso, pois o que importa, não só para a imprensa mais para a população como um todo, é o sensacionalismo do momento.
A sociedade brasileira precisa se alertar e não ficar apenas no discurso fácil, mas se faz necessário que a grande maioria de seu povo permaneça jogando dentro das regras que definem um nível de desenvolvimento moral e ético adequados. Chega de moralismo barato e passageiro!
Não podemos ficar indiferentes, pois a indiferença é uma força muito desestruturadora que existe numa sociedade, além do que ela é mais insidiosa que o próprio mal. Nós cidadãos defrontamo-nos com uma crise moral e ética baseada na total desarticulação entre nossos desejos, nossos discursos e nossos comportamentos. Sendo assim não podemos ficar assistindo a tudo isso como cidadãos medíocres. Precisamos criar uma massa crítica suficiente para alterar os padrões coletivos atualmente vigentes.
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