
Estamos decidindo nas próximas horas ou dias o presente e o futuro da Saúde Pública brasileira. É um momento tão importante quanto o da criação do SUS! Por uma coincidência histórica estão sendo votadas no Senado, nos próximos dias, a regulamentação da emenda constitucional 29 que define os percentuais de financiamento da saúde, em cada nível de governo, e a prorrogação da CPMF. Nunca é demais lembrar que a CPMF foi criada há mais de uma década para ser aplicada integralmente no orçamento da Saúde, o que nunca aconteceu! Hoje a saúde fica com cerca de 40% do valor da Contribuição. A necessidade da continuação da CPMF, que conta com o nosso apoio, levou o governo federal a ampliar a negociação da regulamentação da emenda 29, introduzindo na sua proposta um acréscimo ao orçamento do Ministério da Saúde vinculado à prorrogação da contribuição. A proposta da EC 29 aprovada na Câmara já contém um percentual a mais, escalonado, da CPMF, que chegaria em 2011 a 75% do seu valor.
Essa proposta tem inegáveis avanços quando define o que são ações de saúde, mas contém acréscimos percentuais da CPMF insuficientes para resolver a grave crise da saúde brasileira, amplamente noticiada nos últimos meses. Por exemplo; o acréscimo proposto pela área econômica de 4 bilhões de reais em 2008 será devorado, inteiramente, pela projeção dos reajustes modestos da tabela do SUS concedidos em setembro de 2007, e assim ano a ano cada aumento dado acabará sendo consumido por conta deste reajuste. Melhorar a tabela a níveis minimamente adequados, ampliar o atendimento básico, criar a carreira do SUS, requisitos importantíssimos para a consolidação do Sistema e para melhoria do atendimento, exigirão recursos bem maiores do que a regulamentação aprovada na Câmara prevê.
No Senado a negociação da CPMF evoluiu por um caminho complicado quando o Governo, por proposta da base aliada, aceitou reduzir as alíquotas da CPMF de forma escalonada. Ora, se a CPMF foi criada para melhorar o financiamento da Saúde, porque não aplicá-la na saúde de forma integral? Porque reduzi-la no momento em que a crise da saúde se agrava? A população brasileira, que na sua imensa maioria necessita do atendimento pelo SUS, será muito mais beneficiada se o governo federal, em vez de reduzir a CPMF colocá-la inteiramente na saúde, sem reduzir as demais fontes orçamentárias do setor. Essa é uma proposta que teria imensa repercussão na qualidade de vida dos brasileiros e mudaria a história da Saúde Pública brasileira.
O governo federal e a sua base, temos a certeza, serão sensíveis a uma negociação nessa direção desde que , ao mesmo tempo, seja garantida pela oposição a aprovação da CPMF no Senado.
Essa proposta tem inegáveis avanços quando define o que são ações de saúde, mas contém acréscimos percentuais da CPMF insuficientes para resolver a grave crise da saúde brasileira, amplamente noticiada nos últimos meses. Por exemplo; o acréscimo proposto pela área econômica de 4 bilhões de reais em 2008 será devorado, inteiramente, pela projeção dos reajustes modestos da tabela do SUS concedidos em setembro de 2007, e assim ano a ano cada aumento dado acabará sendo consumido por conta deste reajuste. Melhorar a tabela a níveis minimamente adequados, ampliar o atendimento básico, criar a carreira do SUS, requisitos importantíssimos para a consolidação do Sistema e para melhoria do atendimento, exigirão recursos bem maiores do que a regulamentação aprovada na Câmara prevê.
No Senado a negociação da CPMF evoluiu por um caminho complicado quando o Governo, por proposta da base aliada, aceitou reduzir as alíquotas da CPMF de forma escalonada. Ora, se a CPMF foi criada para melhorar o financiamento da Saúde, porque não aplicá-la na saúde de forma integral? Porque reduzi-la no momento em que a crise da saúde se agrava? A população brasileira, que na sua imensa maioria necessita do atendimento pelo SUS, será muito mais beneficiada se o governo federal, em vez de reduzir a CPMF colocá-la inteiramente na saúde, sem reduzir as demais fontes orçamentárias do setor. Essa é uma proposta que teria imensa repercussão na qualidade de vida dos brasileiros e mudaria a história da Saúde Pública brasileira.
O governo federal e a sua base, temos a certeza, serão sensíveis a uma negociação nessa direção desde que , ao mesmo tempo, seja garantida pela oposição a aprovação da CPMF no Senado.