
Diariamente através dos meios de comunicação, somos brindados com o excessivo número de vítimas do trânsito, vítimas essas que se somadas, superam de longe o número de vítimas de muitas guerras. Os acidentes de trânsito se transformaram num dos problemas mais graves que a população brasileira de qualquer cidade de médio e grande porte, vem enfrentando nos seus deslocamentos, diários ou não. Os números levantados através das estatísticas, ou mesmo através das manchetes dos jornais diários, são alarmantes. Isso sem contar que em sua grande maioria são de pessoas em idade produtiva, menos de 40 anos de idade, e uma boa parte dos sobreviventes acaba ficando com alguma seqüela física como lembrança. Aproveito para lembrar que o número de casos que não são registrados oficialmente, também não é nada desprezível. Em função do exposto acima precisamos buscar alternativas concretas e apropriadas que melhore as condições de segurança no trânsito. Entre elas podemos sugerir as autoridades públicas: estímulo para que os usuários abandonem os veículos particulares e passem a utilizar modos de transporte mais seguros, como os ônibus; identificar e dar um tratamento adequado aos pontos críticos localizados em áreas urbanas e a educação para o trânsito, incluindo-se aí também a organização de um serviço único e coordenado de socorro aos acidentados, tudo isso são formas de reduzir o número de acidentes e a gravidade dos mesmos. Entre essas medidas se faz importante relacionar uma boa estratégia de engenharia de tráfego, de educação para o trânsito e de uma adequada reorganização urbanística. Entre essas atividades podemos incluir a verificação das rotas de circulação de pedestres e dos principais pontos de travessia, revisão dos semáforos, especialmente a adoção de simbologia nos focos semafóricos dos pedestres para beneficiar principalmente as crianças, face às suas limitações naturais de apreender símbolos; rever os tempos destinados aos pedestres nas travessias com semáforos, além da necessária e constante manutenção da sinalização de trânsito, pois a falta de manutenção é mais perigosa que sua ausência. Precisamos também dar uma maior atenção aos passeios públicos (calçadas), melhorando no mínimo suas condições de conservação, pois em alguns casos o pedestre se obriga a descer da mesma para não sofrer uma queda, devido principalmente a insuficiência de largura e mau estado de conservação, existindo em alguns casos desníveis abruptos. Esse excessivo uso de transporte individual, é um exemplo clássico de que nos tornamos mais consumidores do que cidadãos, deixando para trás valores coletivos e de respeito a vida.
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