
Infelizmente está se tornando comum na imprensa a divulgação nesses últimos dias da violência dentro das escolas, sendo vítimas tanto os professores como os seus demais membros. Penso que são múltiplas as causas dessas manifestações, uma delas é à própria degradação do ambiente físico das escolas, resultando em estruturas deficientes e mal conservadas. Outras podem ser consideradas as que se originam de fora para dentro, com a penetração de gangues de adolescentes, do tráfico de drogas e da própria exclusão social em que as mesmas estão inseridas. Podemos também considerar como uma das origens dessa violência as próprias humilhações, palavras grosseiras e a falta de respeito entre alunos e professores, tornando-se muitas vezes atitudes naturais e sem importância entre a população escolar. Conheço fatos relatados corriqueiramente de alunos que não respeitam os professores, a não ser com uso de ameaças. Também são vistos agressões ou incidentes mais ou menos graves que tem como palco o entorno da escola. Isto se deve certamente aos conflitos de valores morais e éticos que a sociedade vem vivendo com a sua conseqüente degradação social. Nesse emaranhado todo, fica difícil um entendimento, estando os professores sentindo-se desrespeitados, ameaçados e humilhados, o que torna mais difícil qualquer espécie de diálogo. Essa violência vem repercutir sobremaneira na qualidade do ensino prestado. Muitos professores já chegam na escola preocupado com o que pode acontecer durante ou após as aulas, e em conseqüência o professor acaba não dando uma aula de boa qualidade. Fica a pergunta que não quer calar: que escolas são essas que parcela importante dos alunos e professores vivem em clima de guerra? Portanto, precisamos investir em escolas bem cuidadas, com regas claras de comportamento, regras essas que sejam cumpridas, com segurança em seu interior e exterior, onde exista um clima de entendimento, valorização dos alunos e professores, e além de tudo, o diálogo. Sugiro portanto como uma das saída a criação de vínculos com a comunidade em torno da escola, sendo essa prática de grande importância, abrindo, por exemplo, as escolas nos finais de semana para atividades sociais, culturais e esportivas, comprometendo a comunidade com o que acontece no seu dia-a-dia.
Um comentário:
Douglas,
Essa sua proposta de abrir as escolas à comunidade é muito boa. Pois, isso me reporta ao auge dos anos 80, quando eu trabalhava no Programa CERI e que na época nós já fazíamos esse movimento, ou seja, lançamos um Projeto de Lazer às famílias do Programa, abrindo as portas do Centro de Educação Infantil à Comunidade. Junto a ísso trabalhávamos as dificuldades das famílias, das crianças e da comunidade em geral, além de proporcionar atividades de Lazer, que era um momento de descontração e terapeutico.
Abraço,
Odésia.
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