por Cylene Souza
10/06/2008
Na abertura da Feira+Fórum Hospitalar, o ministro critica senadores e defende fonte permanente de financiamento para a saúde
Na abertura da Feira + Fórum Hospitalar, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que além do ponto de vista das políticas sociais, a saúde é estratégica economicamente. "Há esta dualidade que dá uma marca especial para o setor. Ao mesmo tempo em que contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, Contribui gerando inovação, riqueza, crescimento e empregos."
O ministro aproveitou a abertura do evento para criticar os senadores pela não-aprovação da CPMF e pedir que seja criada uma fonte exclusiva de financiamento para a Saúde. "Minha esperança é que no futuro não ouviremos dizer que a saúde é um gasto. Essa é uma visão míope e pobre. Saúde é investimento. Esta visão pobre dos senadores é que derrubou a CPMF. Precisamos de uma fonte de financiamento sólida e permanente, para poder pensar a saúde nos próximos 40 anos. Falam do excesso de arrecadação, mas não dá para planejar sobre isso. Como ter uma visão estrutural se sobrar em um ano e faltar no outro?", critica.
Temporão também não poupou as gestões anteriores. "Nos anos 80 e 90, as políticas industriais destruíram o setor farmoquímico. A balança comercial estava positiva em R$ 600 milhões e hoje o déficit chega a R$ 6 bilhões. Somos 100% dependentes em hemoderivados. Quando este tipo de coisa acontece na saúde, afeta não somente a economia, mas fragiliza a política social."
Apesar do histórico negativo apontado pelo ministro, o governo mantém-se esperançoso quanto à retomada do crescimento do setor. "Hoje, 30% dos produtos que importamos não têm barreira técnica e poderiam ser produzidos aqui. A possibilidade é real. Não queremos substituir todas as importações, mas focar em problemas relevantes para o Brasil, como doenças negligenciadas, por exemplo."
As políticas para o complexo industrial de saúde não param no estímulo à produção. "Queremos também que as indústrias internalizem suas partes nobres, como desenvolvimento, pesquisa e inovação. Os centros de pesquisa das grandes empresas podem ficar aqui e desenvolver tecnologias para atender o Brasil, a América Latina e a África", propõe.
10/06/2008
Na abertura da Feira+Fórum Hospitalar, o ministro critica senadores e defende fonte permanente de financiamento para a saúde
Na abertura da Feira + Fórum Hospitalar, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que além do ponto de vista das políticas sociais, a saúde é estratégica economicamente. "Há esta dualidade que dá uma marca especial para o setor. Ao mesmo tempo em que contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, Contribui gerando inovação, riqueza, crescimento e empregos."
O ministro aproveitou a abertura do evento para criticar os senadores pela não-aprovação da CPMF e pedir que seja criada uma fonte exclusiva de financiamento para a Saúde. "Minha esperança é que no futuro não ouviremos dizer que a saúde é um gasto. Essa é uma visão míope e pobre. Saúde é investimento. Esta visão pobre dos senadores é que derrubou a CPMF. Precisamos de uma fonte de financiamento sólida e permanente, para poder pensar a saúde nos próximos 40 anos. Falam do excesso de arrecadação, mas não dá para planejar sobre isso. Como ter uma visão estrutural se sobrar em um ano e faltar no outro?", critica.
Temporão também não poupou as gestões anteriores. "Nos anos 80 e 90, as políticas industriais destruíram o setor farmoquímico. A balança comercial estava positiva em R$ 600 milhões e hoje o déficit chega a R$ 6 bilhões. Somos 100% dependentes em hemoderivados. Quando este tipo de coisa acontece na saúde, afeta não somente a economia, mas fragiliza a política social."
Apesar do histórico negativo apontado pelo ministro, o governo mantém-se esperançoso quanto à retomada do crescimento do setor. "Hoje, 30% dos produtos que importamos não têm barreira técnica e poderiam ser produzidos aqui. A possibilidade é real. Não queremos substituir todas as importações, mas focar em problemas relevantes para o Brasil, como doenças negligenciadas, por exemplo."
As políticas para o complexo industrial de saúde não param no estímulo à produção. "Queremos também que as indústrias internalizem suas partes nobres, como desenvolvimento, pesquisa e inovação. Os centros de pesquisa das grandes empresas podem ficar aqui e desenvolver tecnologias para atender o Brasil, a América Latina e a África", propõe.
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