
Filhos, ter ou não ter, mas se não ter como saber?
Sou pai de duas filhas já adultas, e avô de uma linda menina, meu dengo diga-se de passagem. Mas apesar da minha idade, hoje tenho 47 anos, ainda vivo periodicamente com preocupações de pai de primeira viagem. Constantemente enfrento no meu dia-a-dia discussões envolvendo eu, minha esposa e minhas filhas, referentes as posturas que aprendi durante essas quase cinco décadas de existência, basicamente na minha infância, que não encontro nas nossas filhas. Posturas essas de enfrentamento para conosco. Certo que a nossa saudosa Elis Regina afirmava com muita pertinência que somos como nossos pais, mas ainda não vi algumas de minhas características em minhas filhas. Claro que cada uma tem sua personalidade e sua individualidade, mas tem coisas que não consigo acreditar no que vivencio dentro da minha própria casa.
Sou filho único, e como tal, se espera que todas as atenções se voltem para ele, e não poderia ser diferente comigo. Meus pais, nordestinos com muito orgulho, tiveram 4 filhos, sendo que 3 morreram antes de completar 1 ano de vida, realidade esta muito comum no nordeste do Brasil, sendo assim não poderíamos esperar tratamento diferente para o único filho que “sobreviveu”. Meu pai, caboclo criado no interior de Sergipe, teve sua educação pautada pela rigidez por parte de meu avô, e foi dessa forma, um pouco diferente é claro, que ele pautou seu entendimento enquanto responsabilidade de pai para comigo.
Nasci no início da década de 60, em plena ditaduta militar, e durante toda a minha vida, aprendi que pais eram para ser respeitados, mesmo entendendo quando adolescente que nem sempre meus pais tinham razão no que falavam, mas a última palavra sempre era de meu pai, certo ou errado estava eu ali para obedecer. Muitas vezes apanhava de cinto, e como apanhei! Mas ainda hoje, após muitos anos que meu pai faleceu, agradeço muitas dessas “surras”, pois aprendi, infelizmente pela dor, algumas lições que hoje pelo diálogo, não consigo repassar para minhas filhas. Perguntamos, eu e minha esposa, aonde erramos? Nossas filhas em determinados momentos querem falar mais alto que nós dois juntos! Falamos, falamos e falamos, e parece que as orientações entram em um ouvido e sai no outro.
Não sei como determinados casais ainda encontram coragem para ter 4 ou 5 filhos nessa nossa época. Se eu voltasse no tempo pensaria 3, 4, 5 vezes antes de decidir por ser pai, não que não tenhamos momentos felizes, muitos até, mas penso, se eu com todo esse entendimento e com condições suficientes para educar e garantir um vida decente para minhas filhas, tenho dificuldades em fazer com que elas tenham uma conduta compatível com aquilo que entendo ser o certo, imagine aqueles casais, muitos deles “saindo das fraldas”, com menos de 20 anos, algumas vezes sem as mínimas condições sócio-econômicas para sobreviver, com vários filhos para criar e educar para a Vida!
Fico assustado com essas dúvidas, algumas delas infelizmente acabam virando realidade até dentro da nossa família. Mas fazer o quê? Quem está na chuva tem que se molhar, não é assim que diz o ditado popular? Fico triste com essa realidade, mas esses são os tempos modernos! Se isso for o resultado dos tempos modernos, Meu Deus, o que será dos tempos futuros, quando a minha neta tiver seus 15 anos?
Sou pai de duas filhas já adultas, e avô de uma linda menina, meu dengo diga-se de passagem. Mas apesar da minha idade, hoje tenho 47 anos, ainda vivo periodicamente com preocupações de pai de primeira viagem. Constantemente enfrento no meu dia-a-dia discussões envolvendo eu, minha esposa e minhas filhas, referentes as posturas que aprendi durante essas quase cinco décadas de existência, basicamente na minha infância, que não encontro nas nossas filhas. Posturas essas de enfrentamento para conosco. Certo que a nossa saudosa Elis Regina afirmava com muita pertinência que somos como nossos pais, mas ainda não vi algumas de minhas características em minhas filhas. Claro que cada uma tem sua personalidade e sua individualidade, mas tem coisas que não consigo acreditar no que vivencio dentro da minha própria casa.
Sou filho único, e como tal, se espera que todas as atenções se voltem para ele, e não poderia ser diferente comigo. Meus pais, nordestinos com muito orgulho, tiveram 4 filhos, sendo que 3 morreram antes de completar 1 ano de vida, realidade esta muito comum no nordeste do Brasil, sendo assim não poderíamos esperar tratamento diferente para o único filho que “sobreviveu”. Meu pai, caboclo criado no interior de Sergipe, teve sua educação pautada pela rigidez por parte de meu avô, e foi dessa forma, um pouco diferente é claro, que ele pautou seu entendimento enquanto responsabilidade de pai para comigo.
Nasci no início da década de 60, em plena ditaduta militar, e durante toda a minha vida, aprendi que pais eram para ser respeitados, mesmo entendendo quando adolescente que nem sempre meus pais tinham razão no que falavam, mas a última palavra sempre era de meu pai, certo ou errado estava eu ali para obedecer. Muitas vezes apanhava de cinto, e como apanhei! Mas ainda hoje, após muitos anos que meu pai faleceu, agradeço muitas dessas “surras”, pois aprendi, infelizmente pela dor, algumas lições que hoje pelo diálogo, não consigo repassar para minhas filhas. Perguntamos, eu e minha esposa, aonde erramos? Nossas filhas em determinados momentos querem falar mais alto que nós dois juntos! Falamos, falamos e falamos, e parece que as orientações entram em um ouvido e sai no outro.
Não sei como determinados casais ainda encontram coragem para ter 4 ou 5 filhos nessa nossa época. Se eu voltasse no tempo pensaria 3, 4, 5 vezes antes de decidir por ser pai, não que não tenhamos momentos felizes, muitos até, mas penso, se eu com todo esse entendimento e com condições suficientes para educar e garantir um vida decente para minhas filhas, tenho dificuldades em fazer com que elas tenham uma conduta compatível com aquilo que entendo ser o certo, imagine aqueles casais, muitos deles “saindo das fraldas”, com menos de 20 anos, algumas vezes sem as mínimas condições sócio-econômicas para sobreviver, com vários filhos para criar e educar para a Vida!
Fico assustado com essas dúvidas, algumas delas infelizmente acabam virando realidade até dentro da nossa família. Mas fazer o quê? Quem está na chuva tem que se molhar, não é assim que diz o ditado popular? Fico triste com essa realidade, mas esses são os tempos modernos! Se isso for o resultado dos tempos modernos, Meu Deus, o que será dos tempos futuros, quando a minha neta tiver seus 15 anos?
Um comentário:
Tenho 16 anos sou de serjipe -aracaju acho que voce nem vai ver meu comentário mais boa historia de vida
se eu tivesse apenas aluguem para amar,estaria de bom tamanho
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